quinta-feira, 14 de abril de 2011


 Missa, Vinho & Fel.

A tarde tristinha pousa em teus olhos,
Os cílios adejam  como asas de pombos,
Que espanta o triste e fero passar do tempo.
Sim,
Dois corpos celeste somos
E voamos para longe um do outro.
Todo teu ser sabe e reage em pulsações.
No infinito, forças estranhas convidam-nos
                               A direção opostas.
E solidões siderais vivemos.
Por luzes e trevas marchamos tempo infindo
Envolto em gelo pleno
Ou fogo abrasador:


Teu, meu, nossos vícios
Guerreados anos-luz a fogo e gelo
                      Por titãs cósmicos
Perderão o limo,
O fútil
Crostas terrestres
Perpetuadas em nós humanos.
Nos encontraremos sãos e límpidos.
Enquanto despes as roupas
Intergalácticas
Para o beijo de corpo inteiro
Extasio-me com o pulsar de teus cílios.
Ao chegar aos lábios
Não serei mais eu:
Apenas
Asteroide fútil,
Fora de órbita
Ao retorno humano.

 Livro: Missa, Vinho e Fel.

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